Varazim Teatro


30.3.06

Temporada Teatral na Póvoa de Varzim - Abril


2 Perdidos numa Noite Suja
de Plínio Marcos
pel'A Escola da Noite
encenação de Sílvia Brito
com Ricardo Correia e Carlos Marques


1 de Abril 22 horas
Auditório Municipal da Póvoa de Varzim

para M/16 duração aproximada de 90 minutos


Em cena poderemos ver dois homens, que se encontram numa pensão barata e que vão dialogando sobre as duras condições em que vivem e trabalham. A conversa decorre num clima de aspereza e agressividade crescente, marcado pela violência verbal, psicológica e física. Confrontado com a crueza da linguagem utilizada, o espectador é desafiado a encontrar ele próprio as respostas para questões universais como a do lugar do indivíduo perante a sociedade, o espaço para o livre-arbítrio ou a justificação da violência, mas também para o lugar dos afectos, da solidariedade e da solidão nas relações humanas.

“2 Perdidos” assinala o regresso d’A Escola da Noite à exploração da dramaturgia brasileira contemporânea, depois de, em 1998, terem apresentado “A serpente”, de Nelson Rodrigues. A escolha recaiu sobre um dos textos mais marcantes da década de sessenta mas que mantém hoje toda a sua actualidade, pela universalidade (espacial e temporal) das questões que suscita.


www.varazimteatro.org

Informações e Reservas: varazim@sapo.pt 939589476/939580333

BILHETEIRA - UMA HORA ANTES NO LOCAL DO ESPECTÁCULO
As reservas devem ser levantadas até às 21h30 no dia do espectáculo. Bilhetes: 5.00€; Descontos: para sócios do Varazim Teatro - 2,50€; Estudantes, Menores de 25 anos, Maiores de 65 anos . Pessoas portadoras de deficiência ou grupos de mais de 8 pessoas - 3.75€

27.3.06

27 de março | Dia Mundial do Teatro

MENSAGEM INTERNACIONAL DO DIA MUNDIAL DO TEATRO 2006


UM RAIO DE ESPERANÇA, por Víctor Hugo Rascón-Banda

Todos os dias deveriam ser Dias Mundiais do Teatro, porque nestes 20 séculos, a chama do teatro tem ardido constantemente nalgum canto do mundo.Ao teatro, sempre se decretou a morte, sobretudo com o aparecimento do cinema, da televisão e, agora, dos meios digitais.A tecnologia invadiu os cenários e aniquilou a dimensão humana, tentou-se um teatro plástico, próximo da pintura em movimento, que substituiu a palavra. Houve obras sem palavras, ou sem luz ou sem actores, somente máquinas e bonecos numa instalação com múltiplos jogos de luzes. A tecnologia tentou converter o teatro em fogo de artifício ou em espectáculo de feira.Hoje assistimos ao regresso do actor em frente do espectador. Hoje presenciamos o retorno da palavra ao palco.O teatro renunciou à comunicação massiva e reconheceu os seus próprios limites que lhe impõem a presença de dois seres frente a frente comunicando sentimentos, emoções, sonhos e esperanças. A arte cénica está a deixar de contar histórias para debater ideias.O teatro comove, ilumina, incomoda, perturba, exalta, revela, provoca, transgride. É uma conversa partilhada com a sociedade. O teatro é a primeira das artes que se confronta com o nada, as sombras e o silêncio para que surjam a palavra, o movimento, as luzes e a vida.O teatro é um ser vivo que se consome a si mesmo enquanto se produz, mas constantemente renasce das cinzas. É uma comunicação mágica na qual cada pessoa dá e recebe algo que a transforma.O teatro reflecte a angústia existencial do Homem e revela a condição humana. Através do teatro, não falam os seus criadores, mas a sociedade do seu tempo.O teatro tem inimigos visíveis, a ausência de educação artística na infância, que impede a sua descoberta e o seu usufruto; a pobreza que invade o mundo, afastando os espectadores, e a indiferença e o desprezo dos governos que deviam promovê-lo.No teatro falavam os deuses e os homens, mas agora o homem fala para outros homens. Para isso o teatro tem de ser maior e melhor que a própria vida. O teatro é um acto de fé no valor de uma palavra sensata num mundo demente. É um acto de fé nos seres humanos que são responsáveis pelo seu destino.É necessário viver o teatro para entender o que se passa, para transmitir a dor que está no ar, mas também para vislumbrar um raio de esperança no caos e pesadelo quotidianos.Longa vida aos oficiantes do rito teatral! Viva o teatro!

Tradução: Instituto das Artes - Gabinete de Teatro e Gabinete de Comunicação

O Dia Mundial do Teatro foi criado em 1961 pelo Instituto Internacional do Teatro (ITI). O Dia Mundial do Teatro celebra-se anualmente a 27 de Março nos Centros ITI e na comunidade teatral internacional. Organizam-se diversos eventos nacionais e internacionais para assinalar a ocasião. Um dos mais importantes é a circulação da Mensagem Internacional, tradicionalmente escrita por uma personalidade do teatro de dimensão mundial a convite do Instituto Internacional do Teatro.

www.iti-worldwide.org



Víctor Hugo Rascón Banda
Nota biográfica

Víctor Hugo Rascón Banda nasceu em 1948 em Uruáchic, uma cidade mineira do norte do México. Saiu muito cedo da sua pequena localidade para continuar os seus estudos de advocacia. Em 1979 escreveu a sua primeira obra de teatro Voces en el umbral. Los ilegales, a sua primeira peça encenada, marcaria o início de uma carreira assinalada por êxitos de público, assim como o reconhecimento crítico e académico. A sua obra dramática, composta por cerca de meia centena de textos, resulta num espectro significativo que dá conta da complexidade do ser humano e da sua relação com a envolvente social, pois é a sociedade do seu tempo que fala através do criador, assinala Víctor Hugo. Para ele, o teatro é entendido como um contentor dos sonhos e dos pesadelos de toda uma época. A sua obra dramática é uma das mais encenadas e editadas no panorama nacional mexicano.Víctor Hugo já recebeu vários prémios nacionais e internacionais pelas suas obras, tais como: Ramón López Velarde 1979, Teatro Nuestra América 1981, Juan Ruiz de Alarcón 1993 e Rodolfo Usigli 1993. Recentemente recebeu a medalha “Xavier Villaurrutia”, em reconhecimento da sua carreira.É presidente da Sociedad General de Escritores de México, Assessor do Consejo Nacional para la Cultura y las Artes, Tesoureiro da Academia de Artes y Ciencias Cinematográficas, Presidente da Federación de Sociedades Autorales e Vice-presidente da Confederación Internacional de Sociedades de Autores y Compositores.

Adaptado do texto de Rocío Galicia - Centro Nacional de Investigación Teatral “Rodolfo Usigli”. Tradução: Instituto das Artes - Gabinete de Teatro e Gabinete de Comunicação


E já a seguir:

1 de Abril - 22 horas - Auditório Municipal da Póvoa de Varzim
2 Perdidos numa Noite Suja
de Plínio Marcos

pel' A Escola da Noite
encenação: Sílvia Brito

com Ricardo Correia e Carlos Marques

21.3.06

DIA DO TEATRO AMADOR

Estreia
DIA DO TEATRO AMADOR
Dia
21 de Março
Espectáculos de 21 a 25 – 22 horas
O DIÁRIO DE ALEX DRÁSTICO E BLÁ BLÁ BLÁ
Pelo Varazim Teatro

A partir de textos de António Albanese
tradução: Joana Soares

encenação: Eduardo Faria
interpretação: Walter Lemos

Sou Fábio Amado, aliás Alex Drástico.
Sou um ex- vagabundo, um ex-comercial, um ex-portuense, um ex-pertence, e actualmente sou inspector da Segurança Social. De resto, na vida, é necessário ser ex qualquer coisa, ou de outro modo não és ninguém, és um falhado. Eu escrevo, sim, exactamente, escrevo! Eu escrevo para rir, por prazer, para entreter, por dever, para comer, por bem querer, para não morrer, para algo fazer, para arremeter, para cozer (gosto de cozinhar), para acender, para conhecer (adoro viajar), para humedecer, para aborrecer, basta, socorro sou escravo da rima. Fazei-me sair, escapar, fugir! Eu escrevo para o António porque ele à noite come tremoços! É um detalhe importante, porque os tremoços são salgadíssimos e como se isto não bastasse, ele não bebe e fala ininterruptamente.
O actor deve falar, silabar, exemplificar, soletrar, educar, radiografar, divagar, filosofar, mastigar… Socorro! Outra vez a rima! Libertem-me!
Começamos a ler juntos aquilo que eu escrevia e ríamos "Valha-nos Deus" decidimos fazer rir também os outros. Vocês continuam a rir, aconselho-vos, o desprazer, sem temer, sem conter, sem clister.
Socorro! Chega! Sempre esta rima! Quero fugir, repartir, fluir, Ahhaaahhhahaaah!
Eu escrevo para rir, e quando estou com o António, fazemo-lo temperando-nos de rosmaninho, canela, pimentos e os imprescindíveis tremoços.
Fábio Amato
Este espectáculo contém linguagem susceptível de ferir a sensibilidade de alguns espectadores.
Espectáculo para M/12

Informações e Reservas: varazim@sapo.pt 939589476/939580333
BILHETEIRA - UMA HORA ANTES NO LOCAL DO ESPECTÁCULO
As reservas devem ser levantadas até às 21h30 no dia do espectáculo .
Bilhetes:5.00€;
Gratuito para sócios do Varazim Teatro
Descontos: Estudantes, Menores de 25 anos, Maiores de 65 anos . Pessoas portadoras de deficiência ou grupos de mais de 8 pessoas - 3.75€

1.3.06

Temporada Teatral na Póvoa de Varzim - Março - Mês do Teatro



O GRANDE CRIADOR

pela Companhia do Chapitô
encenação de John Mowat



Dia 04 – 22 horas
Baseado em vários episódios da Bíblia
Deus criou Adão e Eva ou simplesmente os encontrou??
Qual foi a maçã que a Eva comeu? Reineta, Golden, Starking, Bravo de Esmolfe??
Os animais vão para o céu? ?
Será que Darwin tinha razão? ?
Oração devota, bondade humana ou suborno. Qual destas qualidades fez com que Moisés se aproximasse de Deus? ?
Terá sido Moisés um dos grandes alpinistas da sua geração? ?
Qual a equipa de futebol de que Jesus era adepto? Jerusalém Giants ou Galilean Gladiators? ?Que método de caminhar sobre as águas utilizou Jesus?
Bem aventurados os que sem terem visto acreditam que o Grande Criador é a mais recente comédia da Companhia do Chapitô. E em verdade vos digo que esta peça é baseada em vários episódios do Livro.
A vós é dado a conhecer os mistérios de um Deus humanizado, confrontado com inúmeros problemas relativos à criação do mundo do Homem e da sua evolução, numa constante busca pelo perfeccionismo. Perdoai-nos, pois nós não sabemos o que fazemos e quem nunca errou que atire a primeira pedra.
Alegrai-vos porque será grande a vossa recompensa!

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Estreia

DIA DO TEATRO AMADOR

Dia 21 de Março
Espectáculos de 21 a 25 – 22 horas

O DIÁRIO DE ALEX DRÁSTICO E BLÁ BLÁ BLÁ

Pelo Varazim Teatro
A partir de textos de António Albanese
tradução: Joana Soares
encenação: Eduardo Faria
interpretação: Walter Lemos

Escrever para fazer rir, não é fácil.
Escrever de maneira a dar vontade de rir, é facílimo.
Escrever a rir é de psicanalista.
Escrever para fazer rir não é fácil, eu consegui graças a António Albanese
(Não Tem de quê ? respondeu ele) foi de facto sobre ele que comecei a escrever (era domingo e não tinha papel branco em casa) e isto dava-lhe vontade de rir, não sei se era pelo meu talento ou pelo atrito da bic na sua pele. Continuei a escrever sobre ele até à testa, depois tentei depositá-lo na SPA, mas como não era material reciclável, até provavelmente, um pouco radioactivo, não foi aceite.
A ideia de António de escrever para ele e não sobre ele, foi genial, ainda que fotocopiá-lo e enchê-lo de corrector branco não tivesse sido uma tarefa fácil.

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DIA MUNDIAL DO TEATRO

27 de Março
.22 horas
Espectáculos Diurnos para o 2º ciclo do Ens. Bás. de 27 a 31
BABINE, O PARVO
pelo Teatro Art'Imagem
autor Leon Tolstoi
tradução e poemas Luíza Neto Jorge
dramaturgia e encenação José Leitão
(Espectáculo Bilingue)

Um parvo houve por bem
Ir correr a Rússia a fundo
Para ver se via o mundo
E dar nas vistas também...".
E lá vai Babine de terra em terra, calcorreando os vastos caminhos da Rússia, que como todos sabem não é só um país mas muitos países juntos, à procura de outro lugares e gentes nas mais inesperadas situações.
Pretende fazer novas amizades mas nunca encontra as palavras certas para que os desconhecidos aceitem de bom grado a sua presença, diz sempre coisas inconvenientes e não adequadas às situações que encontra.
Sua mãe, mulher e irmã dão-lhe sempre conselhos mas já depois das situações desagradáveis se terem passado.
Babine toma nota desses avisos para os seguir em momentos seguintes, o que não resulta dado que são diferentes e requeriam outros procedimentos...
Mas Babine acaba por entender, à sua custa, que tem, de saber pensar pela sua própria cabeça.
E ao contrário da história popular pode dizer no final da peça: ontem fui parvo, pois fui, não o serei nunca mais.


Informações e Reservas: varazim@sapo.pt 939589476/939580333
BILHETEIRA - UMA HORA ANTES NO LOCAL DO ESPECTÁCULO As reservas devem ser levantadas até às 21h30 no dia do espectáculo. Bilhetes: 5.00€; Descontos: para sócios do Varazim Teatro - 2,50€; Estudantes, Menores de 25 anos, Maiores de 65 anos . Pessoas portadoras de deficiência ou grupos de mais de 8 pessoas - 3.75€