Varazim Teatro


30.5.05

JUNHO: Espectáculo de Encerramento da Temporada Teatral 2004/2005 na Póvoa de Varzim




BARTOON
a partir das tiras de Luís Afonso

04*Junho*22 horas
Auditório Municipal da Póvoa de Varzim

texto e direcção: Carlos Curto

figurinos e cenografia: Zé Nova

elenco: *Pêpê Rapazote *Pedro Alpiarça *Vera Fontes *Vicente Morais

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"Bartoon" tem origem nas tiras de Luís Afonso para o jornal "Público". Após uma recolha e selecção de dez anos de publicação, foi estabelecida uma "trama" dramática, procurando respeitar em absoluto a essência e o espírito do autor.

Necessariamente as personagens tiveram de ser tipificadas de modo a ser possível estabelecer estados emocionais e maneiras de ser e estar.

"Bartoon" procura representar um universo onde as pessoas se encontram para enganar a solidão, esquecer momentaneamente as incertezas e angustias que a actual sociedade inevitavelmente provoca. É neste local/universo que questionam e reflectem sobre a(s) vida(s), com sarcasmo, humor e um sentido crítico, muitas vezes notável e raras vezes recriminatório.

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AS RESERVAS PODEM SER FEITAS ATRAVÉS DO E-MAIL: VARAZIM@SAPO.PT , OU PELO TELEFONE 939589476 OU 939580333ATÉ 19H DO DIA DO ESPECTÁCULO, TENDO AS RESERVAS QUE SER LEVANTADAS ATÉ ÀS 21.30H.
BILHETEIRA UMA HORA ANTES NO LOCAL DO ESPECTÁCULO
BILHETES: 5.00€ (2,50€ PARA SÓCIOS DO VARAZIM TEATRO; 3.75€ ESTUDANTES, MENORES DE 25 ANOS, MAIORES DE 65 ANOS, PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA OU GRUPOS DE 8 OU MAIS PESSOAS)

16.5.05

Muito Breve, Sobre o Teatro

A função da arte é iluminar.

A palavra Teatro significa "lugar onde se vai para ver"
- para ver as coisas que estão ocultas,
que permanecem veladas na vida quotidiana.

12.5.05

Sobre o Actor


Aos Actores
por Jacques Copeau

"Tenho uma elevada idéia do talento de um grande actor, escreveu Diderot com melancolia, esse homem é raro..."

Tanto mais raro, com efeito - e tanto maior quando surge - pelo fato de o ofício que ele exerce ameaçar tanto a pessoa humana, sua integridade, sua elevação.

Shakespeare disse (Hamlet, ato II, cena II) que a natureza do actor vai contra a natureza, que ela é horrível e ao mesmo tempo admirável. Ele o disse em uma só palavra: Monstrous.

O que é horrível, no actor, não é uma mentira, pois ele não mente. Não é um engodo, pois ele não engana. Não é uma hipocrisia, pois ele aplica sua monstruosa sinceridade em ser aquilo que ele não é, e não em exprimir o que ele não sente, mas em sentir o imaginário.

O que perturba o filósofo Hamlet, da mesma forma que suas outras aparições dos infernos, é, em um ser humano, o desvio das faculdades naturais para um uso fantástico.

O actor expõe-se a perder sua face e a perder sua alma. Ele as encontra falseadas, ou não as encontra mais, no momento em que necessita delas para retornar a si mesmo. Seus traços não são recuperados, seu jeito e seu verbo permanecem excessivamente desligados, destacados, como que separados da alma. A própria alma, com muita freqüência alterada pela representação, excessivamente arrebatada, excessivamente ferida pelas paixões imaginárias, contraída pelos hábitos artificiais, pisa em falso sobre o real. Toda a pessoa do actor guarda, neste mundo humano, os estigmas de um estranho comércio. Ele tem o ar, quando retorna ao nosso meio, de quem saiu de um outro mundo.

A profissão do actor tende a desnaturá-lo. Ela é conseqüência de um instinto que leva o homem a desertar para viver sob as aparências. É portanto uma profissão que os homens desprezam. Consideram-na perigosa. Tacham-na de imoralidade, e condenam-na por seu mistério. Essa atitude farisaica, que não foi eliminada pelas mais extremas tolerâncias sociais, reflete uma idéia profunda. É que o ator faz uma coisa proibida: ele representa sua humanidade e brinca com ela. Seus sentidos e sua razão, seu corpo e sua alma imortal não lhe foram dados para que os utilize assim, como um instrumento, forçando-os e desviando-os em todos os sentidos.

Se o actor é um artista, ele é de todos os artistas o que em maior grau sacrifica sua pessoa ao ministério que exerce. Ele não pode dar nada se não se dá a si mesmo, não em efígie, mas de corpo e alma, e sem intermediário. Tanto sujeito quanto objeto, causa e fim, matéria e instrumento, sua criação é ele mesmo.

É aí que habita o mistério: que um ser humano possa pensar e tratar a si mesmo como matéria de sua arte, agir sobre si mesmo como sobre um instrumento ao qual ele deve identificar-se sem deixar de distinguir-se, agir e ser o que age ao mesmo tempo, homem natural e marionete...

texto integral em: http://www.grupotempo.com.br/tex_aos_atores.html

Relembramos que hoje estará em cena no Diana Bar (Póvoa de Varzim) o espectáculo:
*Queda Livre e que amanhã apresentaremos
*O Rei Imaginário ou a Ausência de Deus
no Festival de Teatro Construção no ATC, Vila de Joane

9.5.05

Varazim em DIGRESSÃO

O Varazim Teatro vai participar no Festival de Teatro Construção,na Vila de Joane, já no próximo dia 13 de Maio (sexta-feira) pelas 22 horas no Auditório da ATC, com o espectáculo:

O Rei Imaginário ou a Ausência de Deus,
a partir de Textos de Raul Brandão e Almada Negreiros
encenação e interpretação de Eduardo Faria

+ info festival: http://www.teatroconstrucao.org/41

+ info O Rei Imaginário ou a ausência de Deus:

www.varazimteatro.org ou

http://varazimteatro.blogspot.com/2005/03/no-mbito-da-comemorao-do-d_111055610955174905.html

muito honra o Varazim Teatro a participação neste festival em que partilhamos o programa com tão ilustres participantes.